que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudéssemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. Pergunto onde está a transparência do
vidro, a pureza do líquido inicial, a energia
de quem procura esvaziar a garrafa; e a resposta
são estes cacos que nos cortam as mãos, a mesa
da alma suja de restos, palavras espalhadas
num cansaço de sentidos. Volto, então, à primeira
hipótese. O amor. Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima,
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
Obrigado Sónia por partilhares connosco este bonito poema da autoria de Nuno Júdice.
6 comentários:
beautiful**
O Poema é espantoso Pratas.
Parabéns ao autor.
Abraço
P.S.- A photo é tua? Está muito profissional mesmo!
Dias,
A foto não é minha. Tenho muitas fotos do género mas quando fiz esta publicação estava bem longe do meu PC logo tive que arranjar outra. De qualquer forma dei-lhe um toque pessoal a nível de tonalidade e focagem.
1 abraço
Mesmo após cortados os dedos e a alma vazia de um só trago, nunca desistimos de procurar o melhor e o mais apurado de todos os amores. Aquele que deixa transparecer a sua grandiosidade mesmo através da uma existência turva... Parabéns pela escolha deste belo texto.
Olá Pratas, muito obrigado por "passares" pelo nosso blog... deixa-me dizer-te que achei o teu bem interessante... e adorei a dica dos vinhos!!! Muito bom! Abraço e boa continuação.
J.Brazinha
Adm. do piadaparvadodia
Good Job parceiro
Abraço
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