segunda-feira, janeiro 19, 2009

Chimay, cerveja em evolução...

Muito se ouve dizer por aí que a cerveja nacional é a melhor do mundo. Eu devo ser das poucas pessoas que discorda totalmente desta afirmação comum. Uma coisa é dizer que a cerveja portuguesa sabe bem, outra coisa é afirmar que é melhor que as estrangeiras e muitas vezes sem sequer as conhecer.

A cerveja portuguesa actual que me enche mais as medidas é a Sagres Bohemia. As supostas gourmet Super Bock Abadia não me convencem... Estas garrafas vêm tentar captar um novo mercado de cerveja mais estruturada e logo mais indicada para fazer pan-dan com uma refeição, ou mesmo para acompanhar uma noite fria de Inverno. Este mercado de cerveja especial já existe lá fora há muito tempo, e cervejas de excelência como a Erdinger ou a Stella Artois têm felizmente inundado o mercado português.

Falo-vos hoje da Chimay, uma cerveja que conheci há muito pouco tempo numa esplanada em Lisboa. Esta cerveja Trapista vem sendo elaborada artesanalmente por monges da Ordem Trapista Cisterciense desde 1862. Com um teor alcoólico de 9% e uma temperatura de serviço de 10 a 12ºC, esta cerveja não é de certeza feita para "matar a sede" de Verão, mas mais para acompanhar refeições ou degustar ao calor da lareira...

As três versões existentes (Blue, Red, Triple) são fantásticas, mas a Chimay Blue tem uma característica que a diferencia das outras... O ano presente na frente da garrafa e um pequeno texto, chama a atenção dos consumidores para as potencialidades de evolução na garrafa. Para os grandes connoisseurs, até existe uma versão Magnum (3 Litros) que garante as melhores condições para uma evolução de anos a fio... Existe também uma versão rara não comercializada, a Chimay Dorée, que é usada para consumo diário interno dos monges devido ao seu baixo teor alcoólico (4.8%).


Esta cerveja não é barata, mas o segredo que estes monges guardam faz de certeza esquecer qualquer cerveja tuga... Quanto à suposta evolução em garrafa, o tempo com certeza falará por si...

4 comentários:

Helena disse...

Lá venho eu girar á tua volta, jazz friend ;)
Pois que de cervejas percebo pouco, sou mais o tipo preguiçoso cognac aquecido, mas entendo o que dizes. Sempre achei a cerveja portuguesa algo pesada e toda de sabor igual.
Quando vivi em França, experimentei um rol de cervejas que nem sonhava que existiam, e pude perceber que esta é uma bebida bem mais interessante do que eu pensava.
Muitos beijos jazzisticos e uma daquelas cervejas belgas com sabor a cassis ;)

PedromcdPereira disse...

Já apanhei grandes s boas bebedeiras com Chimay. Tenta também a Duvel, a Judas (potente), Gulden Draak, as melhores para mim.

Dizer que a cerveja portuguesa é a melhor do mundo merece um sorriso de complacência como resposta.

AC disse...

Sôr Pratas... vinha eu aqui deixar um Off Topic e fugir com o Tempo até uma outra madrugada mas,

1º a tua nova photo, tinha de ser! Não (me) fazia sentido qualquer outra.

2º falou de jeka, falou comigo!
Bubelaei, pelo prazer da degusta, se lhe o encontrar, mas junto-me a quem defende que a nossa cerveja engarrafada é DAS melhores do Mundo.

3º do Off Topic; desafiei-te...

Fica bem

Anónimo disse...

Sempre que vou à Bélgica trago farto carregamento de cervejas trapistas, mas compradas nos supermercados. Muito triste fiquei ao ver a reduzidíssima "selecçäo" no aeroporto. E lá näo säo assim täo mais caras que as "normais", por isso näo toco em nada que näo venha das abadias!
Mas as cervejas trapistas estäo num patamar diferente do resto, é certo.

É verdade sim senhor, a cerveja portuguesa é das melhores do Mundo, mesmo! Até comparando com a Stella Artois! A Heineken sabe a água, a Carlsberg näo surpreende, Lapin Kulta, até os finlandeses dizem que é mijoca de rena. O que näo gastam em melhorar o gosto gastam em publicidade... e o povo vai na conversa...