Terra de pó, pó de terra. Terra de matéria rica onde nascem estruturas como flores na primavera.
Nas filas de trânsito faz-se negócio. De tabaco a sapatos, tapetes fruta e telemóveis... Até um pobre peixe de aquário vi a venderem ao sol dentro de um pequeno saco de plástico com água.
Dentro de um Toyota Sequoia 4.7 V8, jipe banal por estas bandas, observo atentamente ao som de um kizomba.
Perante a lentidão do trânsito, a vida parece girar depressa... Tudo acontece tão ao mesmo tempo, e ao mesmo tempo, tudo parece estar tão parado...
O povo, esse está mais que convencido. Quanto mais betão melhor, e quanto mais alto melhor. Perante armas destas apontadas ao céu, todos parecem render-se sem hesitações. Ninguém fala em fome perante tanta fartura.
Ora enquanto puderem os cowboys do betão continuarão a premir os gatilhos.
O pó continuará a levantar. E continuarão a haver muitos a precisar de o respirar.
4 comentários:
Estou a ver que esta viagem fez-te levantar o teu lado poético... eheheh
Nunca fui até aí, mas são sitios da minha wishlist. Fico arrepiada e boqueaberta só nos documentários... Acho que deve ser outra dimensão...
Beijokas e continuação!
Amigo, conseguir "provar" esse pó que se levanta. Consegui "acompanhar" a tua viagem e "ouvir# o mesmo kizomba que tu...
Excelente texto...
Abraço
Thanks friends :) É um local de mútuos sentimentos, com um pôr do sol inesquecível :)
Chegamos a uma altura da nossa vida em que já não há paciencia pa cinismos e é insuportável saber que as pessoas nao sao capazes de aceitar as verdades, o k lhes dizemos, as nossas criticas. Parece que nunca estao preparados pa aceitar. Só aceitam que sejamos falsos com eles.
Somos adultos, não há espaço para falsidades, se toda a gente diz que presa a sinceridade porque é que não a praticam e julgam quem a pratica?
É cá uma coisa irritante...
Enfim e como está Luanda?
bjokas
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